quinta-feira

POEMA DAS FANTASIAS

Rude rosto estampado em caracóis,
Pele tonteante flutuando pelos lençóis.
Num breve balanço as flores se atrapalham,
Folhagens expelidas pelo chão se espalham.

Sussurros cegos à beira de hortaliças,
Maleim trêmulos o canto indagado,
Traçando no tempo o indefinido
Da vistosa luxúria de um amaldiçoado.

Sim! são os tabernáculos dos mortos,
Explorando a terra virgem,
Onde seus ciclos são reais
Em todo obstáculo da vertigem.

Meu céus! Céus, de quem és?
Sois da terra ou do mar?
Qual concebe a benção ao lhe beijar?

Como dizes manto abismal?
És tu amante das fantasias?
A profunda inspiração das utopias...



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