“Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga.” Deleuze
quarta-feira
O DOMÍNIO DE UMA ALMA
A chuva é uma alma perdida
a sambangar solitária e deprimida.
Seu destino é chorar pelo nada,
e deixar que seus sonhos se esvaem pela enchurrada.
Tétrica, quando se debruça pela madrugada,
dilacerando os corações repletos de saudades emolduradas.
Suas lágrimas quanto choram penetrando nossos corpos
expelem desejos de euforia, até então, mortos!
Nuvens danaçando pelo céu enlamaçado
em junção cinzenta de amargor,
por onde centelhas fugazes, aguardam
até soltarem seu grito atrovoado, de dor.
E o canto sirênico atirando em nosso telhado
desperta o nosso mais profundo sentimento retalhado.
Lágrimas surgem dos nossos olhos soturnos e bruxeleantes,
e rolam por nossas faces, até
serem absorvidas por nossos lábios secos e intrigantes.
Vamos até a janela e observamos,
a enchurrada que parece arrastar consigo todos os nossos desejos, todos os nossos sonhos,
num só passaroco instante.
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