Árvores inclinadas à um vento,
Venta cego derrepentemente modelando,
Formas ansiosas de fogo que ardem,
No olhar atento ao que não fixa,
Oculto no capuz, tempo que se risca.
Pudesse dar eu expressão à este mistério:
A manhã é escura, não a noite!
A minha boca se perdeu no vácuo,
Há um silêncio preso a um açoite.
Colunas luminosas, bosques sem sono,
Envolva-me no manto em que me cubro,
Com coloridas formas preencha o abandono,
Apaga-me no negro deste culto.
Desta retida imagem soturna,
Perdida no espaço pulsante,
De sombras espremidas,
Criando medonhos instantâneos,
Que do flash se põe roto,
Aos olhos nus que toco,
Desde o fim ao começo dessa foto.
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