sexta-feira

Sopro


Quando, assim, a lâmina tocou a unha,
Espirrei o que de nós restava.
Voou a carnificina etérea,
Montada na bactéria alada.

Grudou nossas garras pontiagudas,
No lastro das paredes inchadas.
Arranhando com as verdes melecas,
As bolhas recém estouradas.

Escorre greta a dentro,
Inunda narina da terra,
Nos tira desse centro.

Bafeja na íris do mundo,
Nos borre nos lábios,
Com esse batom imundo.


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