A janela entreaberta
Ventarola.
Na minha boca entreaberta
A rua dorme lânguida.
Meu sono de dedos compridos.
A quina do muro é um véu
e voa.
Troca com o lençol
Acimentado
Na cama.
Meus lábios rachados
minados,
Explodem salivas infectadas pelos sonhos.
A noite é um varal de desejos secos
Amanhã ao escovar os pensamentos,
Recolherei-os, engomarei-os e vestirei-os.
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