Uma noite, apenas, os olhos embaçaram,
E enxergaram um céu distorcido e passaroco.
Uma noite, apenas, o corpo desfarelou,
Devorado pelas presas afiadas da dor.
Uma noite, apenas, o suspiro foi um grito,
Ensurdecendo as paredes assustadas.
Uma noite, apenas, os lábios murcharam,
Secos, minando sangue pelos lençóis.
Uma noite, apenas, um verme rastejou,
Fétido, permeio as penumbras da existência.
Uma noite, apenas, o gato não dormiu,
E arranhou o silencio abismal.
Uma noite, apenas, ela cheirou meus negros fios de cabelo,
E partiu....
A morte!
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