Encontrou-se com a vida em sua forma mais simples e pura,
E sentiu sua existência com intensa materialidade e concretude,
Estava ali, e apenas existia...
Bastava?
A noite lhe indagava enquanto tragava suas lágrimas.
Mas não ousava responder, e apenas sentia...
Sentia com brutalidade a envergadura do seu desejo,
Tornando-se paralítico, paraplégico e isquêmico.
Tomou mais um gole de desesperança,
E sentiu escorrer de si mesma a memória,
Há muito tempo vencida, derrancada e putrificada,
Entre as prateleiras empoeiradas do amor.
Teve então, os sonhos diluídos, aguados,
E nada tinha a fazer, senão espreitar o vazio.
Oca, seu suspiro ecoava entre...
Entre ela e o mundo...
Entre ela e a dor...
Entre ela e o silêncio...
Entre ela e ele...
Entre!
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