segunda-feira

Emergiu...
Ainda sob o abissal de nossa noite,
Tateando abismos
Apoiou-se no criado mudo dos seus medos,
E silenciosamente, calçou seus sapatos
Que nunca saem das beiras.
Mirou com precisão sua falta de direção
E partiu...
Roubando das paredes toda frieza e solidez
Para se fazer muro.
Saiu...
Fechou a porta sem fazer barulho,
Tentando não despertar o que já havia acordado
Com o rangido de sua ausência.


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