segunda-feira

Espacial

Uma cálida sensação invade a sala que me senta,
Diante da tela abissal sugando encontros, meus.
Reais, não fossem o silêncio morto que atordeia,
Rondando os beijos, virtuais, teus.

Implode no onírico despertar da madrugada,
A sôfrega ausência cochilada.
Das vísceras que não tenho,
Da voz do sangue destilada.

E um poro avermelha-se na inquietude,
Sacudindo meus farelos adormecidos.
Ciscos oculares entorpecidos.

Salivo ferrões de marimbondo,
Exalando eflúvios de borboleta.
Rodopios do tempo em minha ampulheta.






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