domingo

VÉU DA TARDE

A pele está fria, mas não está morta.
Adormece no vácuo inócuo do vazio.
E os ruídos que emanam de seus poros,
São choros e risos musicados.
Corpo...Que corpo?
Corporifica esta intensidade domingueira.
Estremece esse dia até a sua flacidez.
Dia flácido, gélido, pálido...
Tua epiderme ruga sobre meus traços de existência,
Tua tarde estriada tarda permeio meus sulcos.
Cria pelos...
Cheiros....
Pele da Tarde.
Reveste essa carne crua do tempo.
Seja o véu dos ossos frágeis da vida.


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