Arde o domingo,
E a solidão é oca.
Quisera eu saltar desse fio,
Borbulhar na boca o vinho,
Gritar dentro da fissura de um pensamento,
E mergulhar na soturna esquizoide do tempo.
Dedo-pé de goiabeira,
Escorrega em mim essa chuva que me entristece.
Goteja em mim essa demora...
Pinta-me com o gosto traquino da amora...
Mas, cinzas, me devolva,
Fogo, chama.
Me queima com seu olhar enublado.
Suba em mim, oh dia.
Antes que a noite me escureça!
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