é noite...
sucumbe no manto cinzento
a agonia do crepúsculo ausente.
é noite...
em que rastros pútrefos do silêncio
são pingos estranhos de chuva.
é noite...
sombras gargalham mudas
no chão umidecido do quarto.
é noite...
soluçam permeio as paredes ocas
os fantasmas da vaguidão.
é noite...
e noite é dia anoitecido
de tanta noite tendo amanhecido!
sucumbe no manto cinzento
a agonia do crepúsculo ausente.
é noite...
em que rastros pútrefos do silêncio
são pingos estranhos de chuva.
é noite...
sombras gargalham mudas
no chão umidecido do quarto.
é noite...
soluçam permeio as paredes ocas
os fantasmas da vaguidão.
é noite...
e noite é dia anoitecido
de tanta noite tendo amanhecido!