Quando o silêncio espreitou-me no canto vazio da noite,
Veio-me aos ouvidos tua linda canção em serenata.
Aturdida, ouvindo-lhe através da alma,
Tombava lentamente as lágrimas do coração.
E na inquietude de vos encontrardes,
Busquei-lhe invisível na nudez do espaço,
E não lhe toquei...
Teu corpo era o infinito que sobrava da ausência,
Que morosa, preenchia meu tempo.
Teu cheiro percorria minhas veias,
Esquentando a lembrança da epiderme.
Assim, não tardei a adormecer-lhe dentro de mim,
Para que seus sonhos povoassem os meus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário