Nas noites escuras e silenciosas
Sentada, ao lado da cama, te observo
Amor enfermo, já pálido e desvanecido
Embrulhado numa manta de ilusões
Não é mentira que eu rezo para que se cure
Mas, também para partires logo para o sono eterno
Porque o teu sofrimento é o meu sofrimento
E sua dor, a minha dor
Mas, longa e lenta é sua agonia
Óh! jovem amor
Mal tiveste tempo de crescer e já definha
Deixando escapar todos os sonhos já sonhados
Insistes em ficar, mesmo quando já não mais está
E permaneces como um espectro fraco vagando pela casa
Enquanto em tormento eu espero...
Óh! jovem amor enfermo.
do tudo de flui ao tudo passa
ResponderExcluirtempo
efêmeros
deveres
a divergência da permanente impermanência
devir
a arte do encontro
ou o encontro que nos faz arte
existenciar aquarelando, aquarelado
solventes ideias
palavras que abrigam
palha, madeira ou pedra
nada resiste ao império do efêmero
o beijo que bem nasce já finda
entre o tudo e o tudo
acontecimentos
emergem no horizonte oceânico
uma onda, outra onda, e outra...
insessante caleidoscópio
triste das coisas belas
nascem grávidas da duração
finitos em meio ao infinito
revires de devires
a chegada é também partida
amar o que está no tempo
é amar aquilo que finda
esplêndida é a vida
mesmo que tudo um dia descolorirá
mesmo que tudo passe
fomos início meio e fim