Estilhaçadas...
As epidermes molhadas surrupiam a noite,
De poças dançantes.
Esbravejam as tessituras avermelhadas
Com seus dentes e partem,
Raio! Línguas brancas estendidas
Sobre o quadril da escuridão.
Canta passaroco, o hiato dos meio-fios,
Desafiando cobertores e esperanças rasgadas.
E algo se move...
Sombras assustadas por gotas
Es-correndo entre veredas,
Desembocando nos becos encharcados d'alma.
Ouço na água que cai um fogo que queima,
E embaça pupilas destiladas.
Quantos punhos fechou, hoje, o céu,
Para tua face tão cheia de silêncios.
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