Turva, a noite desenha nas silhuetas do horizonte, teus verdes olhos profundos.
Sobre minha pele mina o desejo feito riachos de saudade.
E tu desce permeio minha sombra, espantando todos os calafrios da solidão.
És estrela solitária em noite chuvosa, brilho da lua despencando sob as pétalas orvalhadas.
És mistério que vagueia enebriante pela madrugada.
Teu gosto mora em minha saliva, teus lábios em minha boca, teu corpo em meu corpo, tua alma em minha alma.
Somos deste universo os cometas que riscam a existência.
Somos dessa vida o suspiro que emana dos rios, mares e oceanos.
Somos duas almas entrelaçadas na eterna dança do existir.
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