Não és mais um.
Proliferaste em ti até perder-se,
Em tua caótica infinitude,
De ser em ser e ser em ser,
Até não ser.
Tuas galáxias se chocando,
E expelindo seus delírios coloridos,
No corpo cometa que risca a existência,
Rasgando o céu estrelado da sua pele.
Teus olhos, dois buracos negros,
Sugando tudo através do nada,
Choram e choram seus restos confundidos,
Um sonho ido em cada lágrima caída.
Não és mais um.
Diluído está na multidão que inventou,
Como um cosmo para sempre expandindo,
Aguardando o momento incerto da explosão.