Escorrego-me na encruzilhada da vida,
Como asas dormidas de um sonho no espaço.
Cinzento, o dia debruça sobre meu dorso,
A espalhar o frio contido na ausência de seu abraço.
Colher teu suspiro no jardim matinal,
E na cesta enrubrecida de meu colo
Repousar teu sorriso de lua minguante
Fazendo de nossos cheiros um unívoco solo.
Não pedi mais a Deus nenhum...
Quando fitei teus olhos e beijei-lhe o cosmo
Arrolhada pelo que de ti saltava incomum.
Hoje, és poeira assentada sobre as lembranças,
Nas quais, com os dedos trêmulos
Ouso ainda rabiscar a esperança!
Nenhum comentário:
Postar um comentário