desAPARECER
desapareSER
DES pare SER
DESCER
DE SER
para onde?
na lama da profundidade
eternaMente enRAIZada?
SUBIR
SUB IR
acima, além?
voos altos? Sim, de Ícaro.
Borboletear, talVEZ
sem SER BOBOleta.
voos RAZAntes na superfície
dos encontros.
DEVIR
DE VIR
VIR de onde?
pré-vir..vir..virTUal.
VirAtual.
ATUAlizar-nos
atuaLIZA
potências...reticências...
“Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga.” Deleuze
sábado
SECRETAS SECRECÕES
Abri a noite
E encharquei os dedos no seu líquido escuro.
Suores de uivos espremidos ressurgiram entre espasmos
E na pele minava a doce baba dos poros:
Estrelas gotejantes entre pernas.
A solidão ferozmente rosnou salivando presas fúteis
E a língua lacrimejou uma canção
Apenas coriza de uma alma constipada.
E encharquei os dedos no seu líquido escuro.
Suores de uivos espremidos ressurgiram entre espasmos
E na pele minava a doce baba dos poros:
Estrelas gotejantes entre pernas.
A solidão ferozmente rosnou salivando presas fúteis
E a língua lacrimejou uma canção
Apenas coriza de uma alma constipada.
domingo
ANJO
Surges..
Eu desatenta
Pelos vales da escuridão
Me chama
Dê-me a mão
Convide-me a caminhar
Então
Estamos nós
Em teu delírio
Me arrancando
O riso
Me abraça
E teu corpo quente
É minha proteção
Contra a dor
É anestesia
Seu amor
sábado
Uma miragem...
Oásis recôndito perdido em ilusões de infância.
Invisível, desenha nas areias a solidão de estar junto,
Uma injúria nascida de úteros estéreis.
Nem abortada,
Nem deficiente,
Nascida morta, entre ancas de penumbras putrificadas.
Talvez não seja como as folhas que despencam secas das árvores noturnas,
Mas como os rizomas que se alastram sem consciência,
Arrombando existências sem por quê.
Sem saída, o único passo torto arriscado é para longe,
Toda distância provada amargamente
Em cada desviar de olhares, em cada tropeço do toque, em cada pequeno esquecimento
É um buraco negro alargando-se infinitamente
Para que os caminhos se desviem para sempre.
Oásis recôndito perdido em ilusões de infância.
Invisível, desenha nas areias a solidão de estar junto,
Uma injúria nascida de úteros estéreis.
Nem abortada,
Nem deficiente,
Nascida morta, entre ancas de penumbras putrificadas.
Talvez não seja como as folhas que despencam secas das árvores noturnas,
Mas como os rizomas que se alastram sem consciência,
Arrombando existências sem por quê.
Sem saída, o único passo torto arriscado é para longe,
Toda distância provada amargamente
Em cada desviar de olhares, em cada tropeço do toque, em cada pequeno esquecimento
É um buraco negro alargando-se infinitamente
Para que os caminhos se desviem para sempre.
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