sexta-feira

GUARDA CHUVA

Chove na rua escorrida
Tripas da madrugada
Entre luzes cambaleantes e embriagadas
Descem pernas finas
E cuspes do céu.
Guardei a chuva...
Encolhendo, famintas, as sombras gotejantes.
Nuvens ejaculam
Pulsando entranhas do agora
E
Parindo trovões abortados.
Cada choro é um telhado que geme
Cada fenda umedecida, um céu que se rasga
E se deita sobre mim.








quinta-feira

ConFundidos

Encharcam, incham, transbordam
 poros
Peles deslizam 
Entre 
Pelos suados.
Mina nas dobraduras
corpondulações
Morrendo em estrias úmidas.
E
Renascendo fervuras
Nos fios excitados,
 Linhas de salivas conectadas
Está aqui?
Miragem freneticamente dançando
Entre chamas
e
Florestas
Flor estas
Flô restas
Resta a noite dos braços galáxias
Abraçando estrelas sonâmbulas.