Mergulhada na liquidez de teu silêncio
Afogo-me com o pouco que escorre de ti
E que encharca de súbito minh'alma.
Úmido, corre você por minhas veias,
Se entornando suavemente pelo meu corpo
Até que meus poros gotejem teu inebriante perfume.
Lhe bebo enquanto és saliva minha,
E ainda com sede...lhe espremo contra o peito
Na ilusão de que me reste uma gota orvalhada de você!
“Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga.” Deleuze
segunda-feira
domingo
CHUVA
Por alguns instantes, eu queria ser como a chuva.
Essa coisa que nasce de uma nuvem
Cai cantarolando...
E vai embora, pela rua, brilhando.
É de uma constância estranha ouvi-la...
Parece molhar os pensamentos,
Encharcar as palavras, e
Umedecendo os sentimentos,
Faz nascer lodo nas lembranças.
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